A decadência de Missão, Visão e Valores
Estes termos são até hoje utilizados para tentar transmitir aos funcionários, e aos que pretendem um dia trabalhar em uma organização, bem como ao mercado, o DNA estratégico de uma empresa. O que ela é, o que será no futuro e seus valores para todos os stake holders.
Definição e até mesmo textos muito bonitos na sua exposição, mas nem sempre refletem mesmo o dia a dia da companhia e isso vem gerando um problema muito sério. Veja, se a empresa tem como valor o bem-estar (englobando aqui todos os que estão envolvidos), mas vende ao mercado e ao seu público interno algo que comprovadamente faz mal à saúde, como os valores desta empresa podem ser levados a sério?
Hoje em dia os recrutamentos das empresas modernas são cada vez mais focados. Os recrutadores consideram muito o processo de equalização do propósito empresarial com o propósito de vida dos candidatos. Isso, na minha opinião, é a maneira mais correta de conduzir os processos seletivos.
É preciso posicionar os valores dos jovens da Geração Y e Z, que estão muito ligados a algo maior do que apenas o famigerado “maximizar o lucro dos acionistas”. Lucro todos querem, mas as novas gerações estão em busca de algo mais, que faça um contato imediato com seu estilo de vida. É exatamente a falta de compatibilidade de valores que provoca a enorme fuga destes talentos.
Como a Missão, Visão e Valores podem reter talentos?
A visão que tenho é que a empresa deveria juntar estas três palavras, que hoje estão em desuso: missão, visão e valores. Elas devem ficar concentradas em um propósito de vida para a empresa, algo que seja maior e mais conectado com o processo de vida não apenas dela, mas de todos que ali trabalham. Assim será possível se tornar um grande polo catalizador de pessoas que estão unidas em um mesmo propósito.
Soa muito bonito esse “propósito de viver”, mas é isso! Todos nós temos um propósito que nos faz acordar todos os dias e fazer tudo o que fazemos. É isso que temos que buscar nesta jornada pela busca de integrar vida pessoal e profissional. Somente desta maneira os líderes serão autênticos e conseguirão levar suas equipes a uma grande vitória. Somente assim as empresas perpetuarão, este link deve haver e existir fundido a aço.
Não digo com isso que o propósito de uma empresa deva ser perene. Ele pode sim ser alterado de tempos em tempos, faz parte do processo. Mesmo porque nosso propósito de vida pessoal também é mutável e é desejável que assim seja.
O que quero destacar, na verdade, é que o alinhamento entre o propósito de vida pessoal e o propósito de vida da empresa onde você trabalha é fundamental para uma vida feliz, produtiva e próspera. Concorda?